Professoras relatam experiências das aulas não presenciais durante a Pandemia do Coronavírus
Neste período de Pandemia ocasionada pelo Novo Coronavírus, onde o isolamento social é fundamental para erradicar o vírus, a Educação do Balneário Arroio do Silva e do resto do país, teve que se reinventar para atingir os resultados.
Para dar continuidade às aulas, a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do município, adotou o ensino não presencial, através do uso de apostilas e pelo WhatsApp, usando a plataforma MAZK da UFSC. As experiências relatadas por três professoras demonstram que a educação não presencial está aproximando mais alunos, pais e professores.
Em movimento pela net
“Parei…respirei e pensei como iria passar os conteúdos e saber se teria o resultado esperado pelos alunos, mas logo disse a mim mesma: Deus está comigo e vai dar tudo certo”, revela a professora de Educação Física, Thayse Souza da Silva, da Escola Jardim Atlântico, que leciona para alunos do ensino fundamental. A professora conta que sua preocupação era de como os alunos iriam aceitar as aulas online ou pelas apostilas, já que alguns optaram por essa forma. “No início o coração ficou acelerado, mas foi se tornando uma tarefa prazerosa porque houve uma resposta muito boa dos alunos e até pais participam das atividades. Nos conteúdos dos exercícios falo sobre a importância dos mesmos para a saúde e os alunos me mandam fotos, vídeos e isso me deixa realizada e emocionada”. Tatiane Vanzin é mãe de Daniela, que é aluna do 7º ano e tem aula de educação física com a professora Thayse e revela que a filha está muito motivada. “As aulas criaram uma empatia aqui em casa e têm feito todos nós compartilharmos dos exercícios”, revela. Para a professora Thayse “Não está sendo fácil fazer aulas sem a presença dos alunos, mas juntos a gente vai vencer essa etapa e voltar as aulas normais”, finaliza.
Frases para a vida
Já a professora de Língua Portuguesa Loreci da Silva Souza, formada há dois anos, falou do seu desafio em dar aulas online. “No princípio fiquei apreensiva, mas sempre procuro de adequar as situações, passei a estudar mais o sistema pelo computador, o trabalhou redobrou porque preciso manter o sistema em dia, estar com os alunos online, conferir as apostilas, mas posso dizer que estou feliz com os resultados alcançados”. Para a Loreci, não há diferença entre as aulas para os alunos pela plataforma online e com apostilas. Todos os alunos conversam com ela para tirar dúvidas pelo WhatsApp. “Eu trato meus alunos como trato meus filhos e neto e as frases eu carrego durante a minha vida, porque sou assim. Peço aos alunos que não esqueçam das histórias que passo nas aulas, porque algum dia vai se encaixar na vida deles. Cuidem de sí daqueles que amam”.
Arte que aproxima a família
Para a professora de Artes, Francine Coelho Daros, que atende a uma clientela do 6º ao 9º ano da EMEB Jardim Atlântico, o isolamento que estamos vivendo por conta desta pandemia da COVID-19 é algo novo pra todo mundo, pais, alunos e professores. “Nós temos um trabalho triplicado e desafiante para o professor porque trabalhamos bem mais do que em sala de aula, mas está sendo positivo porque os alunos também estão se empenhando e estão entendendo que é preciso ficar em casa”, conta. Para Francine, seria muito melhor estar com alunos em sala de aula, o individual se torna mais difícil, mas não deixa de ser desafiante. Ela diz que tem sentido mais a presença dos pais auxiliando nas tarefas e que é um momento de reflexão para a família de analisar a educação no mundo. “A família está vendo a sua importância no contexto do aluno e a hora que a gente voltar para a sala de aula teremos uma outra forma de trabalhar. Eu vejo nesta modalidade de ensino não presencial um maior comprometimento dos meus alunos. A professora conclui seu relato com a esperança de que a pandemia acabe logo e que todos voltem renovados, com mais disposição e união entre alunos, pais e professores, para caminharmos juntos para uma educação melhor.
Colaboração: Tati Vanzin (Rádio Verdes Mares FM)