Apae do Arroio é beneficiada com projeto de inclusão digital

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Balneário Arroio do Silva foi contemplada com um projeto de inclusão digital da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). É a Reciclagem Digital Educativa Pró-Infância e Adolescência (Rede Piá), que revitaliza máquinas caça-níqueis apreendidas transformando-as em equipamentos de informática para uso didático-pedagógico. Na tarde desta quinta-feira, 26, a equipe responsável pelo programa entregou dois modelos das peças recicladas na sede da Apae. Elas possuem programas específicos para os portadores de necessidades especiais, inclusive as motoras. Uma delas possui um interface diferenciado, com teclado exclusivo e quatro jogo pedagógicos, como quebra-cabeças. E a outra é composta por um computador comum – acrescido de softwares educativos de diversas disciplinas – e com acesso à internet.

Segundo o coordenador do projeto, professor Juarez Bento da Silva, a Apae do Arroio receberá ainda mais máquinas. "Inicialmente estamos repassando protótipos para testes, em que a entidade fará experimentos com seus alunos. Faremos ainda aprimoramentos em conjunto com os professores, conforme a necessidade", explica. Se o uso for aprovado, enviaremos mais máquinas que normalmente seriam destinadas à destruição. "O potencial é grande, temos números que revelam a existência de seis mil caça-níqueis apreendidos em Santa Catarina, e mais duzentos mil em uso no Brasil. E a Apae pode ainda contatar o Ministério Público, que é parceiro da Rede Piá, para requisitar novos equipamentos", esclarece Juarez. Ele informa ainda que a manutenção das peças será feita pelo Laboratório de Experimentação Remota (RexLab) da universidade. "A Unisul repassará máquinas como essas para as demais Apaes de Santa Catarina e pretende ampliar para os demais estados brasileiros. Serão doados laboratórios completos, e sempre de maneira gratuita", finaliza Juarez.

 

Iniciativa

A iniciativa do benefício para a Apae é da enfermeira do Programa Saúde da Família (PSF) do Posto de Saúde Marino de Souza, do Arroio, Patrícia Paladini. "A nossa intenção é de melhorar a qualidade do ensino das crianças, com o acesso à tecnologia. E também de incentivar seus pais a participarem dos trabalhos, mostrando as mudanças vindas com o apoio da nova administração. Serve também para difundir a participação da secretaria municipal de Saúde com a causa apaeana", destaca. O presidente da Apae do Arroio, Alinor Pires, salienta que este foi um presente inesperado e inédito na cidade. "Para nós é uma doação de máxima importância, já que alguns alunos possuem dificuldades motoras e de aprendizado. Vale ressaltar que a maioria dos 43 estudantes da Apae é de famílias carentes, e que muitas vezes não tem acesso a computadores", cita.